Saúde Íntima

Ponto G: 3 Mitos e verdades sobre o ponto do prazer

ponto g

O ponto G, uma das áreas mais debatidas e misteriosas da anatomia feminina, tem sido objeto de curiosidade e controvérsia desde sua descoberta. Por isso, resolvemos  explorar os mitos e verdades sobre o ponto G, sua localização, comprovação científica e seu papel no prazer sexual feminino.

O ponto G foi descrito pela primeira vez pelo ginecologista alemão Ernst Gräfenberg na década de 1950. Gräfenberg observou que uma área específica na parede anterior da vagina, ao longo da uretra, parecia ser uma zona erotogênica distinta. Mais tarde, na década de 1980, Dr. Frank Addiego e seus colegas cunharam o termo “ponto G” em homenagem a Gräfenberg, após estudarem a ejaculação feminina.

Mas será que o ponto G existe mesmo? Onde ele fica? Bom, segundo esses estudos, ele está localizado a alguns centímetros da entrada da vagina, na parede anterior (superior), ao longo do curso da uretra. Para encontrar o local certo, é recomendado utilizar os dedos ou um brinquedo sexual, fazendo um movimento de “venha cá”, direcionando para o umbigo. Entretanto, é importante notar que a localização exata pode variar de pessoa para pessoa.

O ponto G existe mesmo?

A existência do ponto do prazer tem sido tema de intensos debates científicos. Estudos realizados para identificar onde fica o ponto têm resultados inconclusivos. Em uma pesquisa de 2017, os pesquisadores não conseguiram encontrar evidências anatômicas claras de um ponto G distinto. Em vez disso, sugerem que a área identificada como ponto G faz parte da rede clitoriana.

E como sabemos, o clitóris é uma estrutura complexa que se estende muito além do que é visível externamente, com raízes que podem medir até 10 centímetros. Assim, quando se estimula a zona G, na verdade, está se estimulando uma parte interna da clitóris, o que explica o prazer sentido nessa área.

A ideia de que o ponto G é a chave para orgasmos vaginais intensos é amplamente difundida, mas é importante desmistificar algumas crenças. Muitas mulheres não conseguem orgasmos apenas com a penetração vaginal. Um estudo de 2017 mostrou que apenas cerca de 18% das mulheres conseguem atingir o orgasmo exclusivamente através da penetração.

Na maioria dos casos, a estimulação do clitóris é necessária ou pelo menos benéfica para alcançar o orgasmo durante a relação sexual. Portanto, enquanto a estimulação do ponto pode ser prazerosa para algumas pessoas, não é uma fórmula garantida para o orgasmo. Está com dificuldades na relação sexual? Faça o teste e saiba em qual fase do climatério você está!

Como Encontrar o Ponto G?

A exploração da zona G pode ser uma experiência interessante e prazerosa. Para encontrar o ponto certo, é recomendável começar relaxando e explorando o próprio corpo. Ao introduzir os dedos ou um brinquedo sexual na vagina, faça um movimento de “venha cá” direcionado para o umbigo. Em vez de um movimento de vai e vem, mantenha a atenção nessa área interna e explore diferentes pressões e ritmos.

Algumas pessoas podem não achar a estimulação do ponto satisfatória, e está tudo bem. O importante é descobrir o que funciona melhor para você e comunicar suas preferências ao seu parceiro.

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Mitos e verdades sobre o ponto G

A seguir, conseguimos listar alguns mitos e verdades sobre assunto. Lembrando que hoje há muitos pesquisadores que passaram a tratar o ponto G através do termo zona G, exatamente por esta falta de comprovação de que exista um ponto específico para o prazer feminino.

Mito: O ponto G é um botão mágico para orgasmos instantâneos.

Verdade: A estimulação do ponto G pode ser prazerosa, mas não garante um orgasmo imediato. Muitas vezes, a estimulação do clitóris é necessária para alcançar o orgasmo.

Mito: O ponto G é uma estrutura anatômica distinta.

Verdade: Estudos sugerem que o ponto G faz parte da rede clitoriana e não é uma estrutura separada. A estimulação dessa área afeta a clitóris interna, resultando em prazer.

Mito: Todas as mulheres têm um ponto G fácil de encontrar.

Verdade: A localização e a sensibilidade do ponto G podem variar significativamente entre as pessoas. Nem todas acharão a estimulação dessa área prazerosa.

Se conhecer é a melhor forma de encontrar prazer!  O ponto G continua a ser uma área de intenso interesse e debate. Embora não haja consenso científico definitivo sobre sua existência como uma estrutura anatômica separada, a exploração dessa área pode ser uma parte gratificante da descoberta sexual. 

O mais importante é entender que cada mulher tem suas particularidades e que o prazer sexual pode ser encontrado de diversas maneiras. Explorar, comunicar e descobrir suas preferências são as chaves para uma vida sexual satisfatória.

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